(Foto Inês Pais)
No início da segunda volta
desta fase final do Andebol 3, o Boa Hora/ROFF defrontava o Zona Azul, equipa
que na fase regular do Campeonato tinha ganho no Pavilhão Fernando Tavares .
Com o favoritismo a pender
para a nossa equipa face ao desempenho que vem tendo nesta fase decisiva do
campeonato, todas as cautelas eram poucas face ao reconhecido valor da equipa
alentejana no que respeita à velocidade que impõe no jogo.
Apesar de um conhecimento
perfeito das características do adversário que permitia encontrar antídoto para
a maioria dos seus contra-ataques, alguma apatia da nossa defesa facilitava o
remate da primeira linha adversária e do ponta direito contrário e mantinha o
jogo numa toada de equilíbrio, pelo que ao fim dos primeiros trinta minutos de
jogo o resultado se fixava em 14-13.
O intervalo, para além da
recuperação da fadiga causada pelo ritmo da primeira parte e pelo calor
sufocante que se fazia sentir no pavilhão, foi aproveitado para se fazer uma
avaliação do desempenho defensivo e se proceder a algumas retificações que
viriam a produzir efeitos na segunda metade da partida, pelo que a equipa de
Beja passou a ter mais dificuldades em finalizar nas situações de ataque
organizado cometendo mais falhas técnicas. Por outro lado uma melhor condição física
da nossa equipa impedia o funcionamento do contra-ataque do Zona Azul que
acabou por acusar o esforço dispendido no ritmo que impôs ao jogo e acabar por
beber do próprio veneno, já que com melhor acerto defensivo o Boa Hora
conseguiu que o seu contra-ataque funcionasse.
No ataque o Boa Hora ia
superando com alguma facilidade as sucessivas alterações que a equipa
alentejana ia introduzindo no sistema defensivo, que começou com uma marcação
individual a um nosso jogador, passando a duas marcações e acabando numa defesa
homem a homem. A todas essas opções táticas do adversário a nossa equipa
respondeu da melhor maneira, adptando-se a cada uma delas rapidamente, cavando
um fosso no marcador que no final se cifrou em oito golos.
Vitória merecida que premeia
acima de tudo a coesão deste grupo, autênticamente à prova de bala e de
qualquer outro tipo de projéteis e com uma grande confiança no futuro do
andebol de um clube quase centenário, ilustrando a teoria de que uma equipa não
é um somatório de pessoas mas sim o corolário de um trabalho que se desenvolve
semanalmente e no qual todos acreditam, desde os que são mais solicitados até
aos que, tendo menos minutos de jogo, sabem que têm o mesmo grau de
importância no seio do grupo, fazendo
gala do seu sentimento de pertença.
Nos restantes jogos
predominou algum equilíbrio com o Samora Correia a empatar em casa a vinte e um
golos com o Monte não confirmando o ascendente que tinha tido sobre o mesmo
adversário no jogo da primeira volta e com o Módicus a vingar-se da derrota
sofrida frente ao Ílhavo em casa deste, vencendo agora em Sandim por 21-19.
Após a sexta vitória
consecutiva na fase final, decorridas seis jornadas, o Boa Hora comanda invicto com 18 pontos, mantendo a diferença de cinco pontos relativamente ao Módicus,
segundo classificado. Samora Correia e Monte ocupam a terceira posição com 11
pontos, com os últimos lugares a serem
ocupado pelo Ílhavo (10 pontos) e Zona Azul (9 pontos).
Na próxima jornada, o Boa
Hora desloca-se a Samora Correia, o Ílhavo recebe o Zona Azul e o Módicus viaja até à Murtosa para defrontar o Monte.
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