Samora Correia com pavilhão
cheio, expectativa de derrotar o primeiro classificado expressa nas redes
sociais pelo indefectíveis apoiantes do adversário e um Boa Hora/ROFF que sabia
ao que ia e levava o trabalho de casa bem preparado, era este o cenário em que
o jogo se contextualizava no seu início.
Estavam reunidas as condições
para podermos partir para um bom jogo, porque são estes ambientes que nos
motivam e o trabalho desenvolvido ao longo da semana, embora ensombrado por
acontecimentos que em nada contribuem para a coesão do grupo, foi feito no
sentido de antever as situações que nos iriam ser criadas e nas quais acertámos
em cheio, até na sequência com que elas se desenvolveram.
Por isso foi um Boa Hora
confiante nas suas capacidades que entrou em campo e desde o início mostrou que
não iria dar chances ao adversário de manter o jogo equilibrado porque, num
ápice, chegou a uma diferença de oito golos (2-10). Uma defesa assertiva, um
contra-ataque letal e um ataque muito bem organizado silenciaram por completo o
pavilhão, que só se manifestava para pressionar a dupla de arbitragem.
Para contrariar o ascendente
da nossa equipa, o treinador adversário mandou marcar o Tomás
Faria e aí entrou em ação o plano B, que tendo produzido os
efeitos desejados, obrigou o adversário a nova mexida na defesa e a passar para
uma defesa 4+2 com Jorge Menezes a ser alvo também de marcação individual.
Embora essa alteração tenha
produzido duas falhas téncicas seguidas no nosso ataque, levando o adversário a
aproximar-se do marcador (7-12), um desconto de tempo fez recordar a estratégia
preparada e permitir chegar ao intervalo com uma diferença de sete golos (12-19).
O intervalo serviu para
refletir sobre o número de golos sofridos, resultantes alguns deles de bolas
divididas na zona de seis metros na sequência das tentativas de jogo interior e
para a necessidade de ser a nossa equipa a impôr o ritmo de jogo e de manter o
sentido coletivo, pelo que partimos para a segunda parte com forte disposição
de não baixar os braços.
A história da segunda metade
foi construída novamente com o rigor tático dos jogadores em todas as fases do
jogo, sendo notória a melhoria do trabalho defensivo que fez reduzir para oito
o número de golos sofridos.
A segunda parte serviu também
para ilustrar o trabalho que vem sendo desenvolvido na equipa júnior e que mais
uma vez vem provar, que nas camadas jovens, mais importante do que vencer
campeonatos é criar condições de desenvolvimento para os praticantes poderem
integrar com qualidade o patamar seguinte da competição. Quem não entender
isto, está a ser castrador do desenvolvimento do jogador e da modalidade em
geral. Neste jogo, dois dos cinco jogadores juniores que já trabalham com os
seniores tiveram oportunidade de participar na partida e contribuir para uma
vitória que esmaga mais pela consistência da exibição da equipa do que pelo
próprio resultado, já de si bastante nivelado (20-35).
Com esta vitória assegurámos
matemáticamente a subida de divisão e quando faltam três jornadas para o final
do campeonato ficamos a uma vitória do título de campeão nacional. Nas
restantes partidas o equilíbrio foi evidente, com o empate do Zona Azul em
Ílhavo a vinte e quatro golos e a vitória do Módicus no Monte por 20-21 e que
nos impediu de festejar este sábado a conquista do título.
Ao fim das sete jornadas, o
Boa Hora comanda invencível a competição com 21 pontos e com o melhor ataque e
a melhor defesa da prova, seguido do Módicus com 16 pontos. No terceiro lugar
estão três equipas com 12 pontos, Samora Correia, Monte e Ílhavo e no último
posto o Zona Azul com 11 pontos.
Na próxima jornada, o Boa
Hora joga em casa às 16 horas (4 h P.M.) com o Ílhavo, naquele que será o jogo
mais importante da época dado que uma vitória significa o título a duas
jornadas do fim. Para isso lançamos aqui um desafio a todos no sentido de cada
um convidar pelo menos quatro amigos a partiparem no evento para lotarmos o
pavilhão e criarmos o ambiente próprio dos grandes jogos.
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