Com um pavilhão cheio a puxar pelo Boa Hora/ROFF e depois de eliminarmos três equipas da 2ª Divisão, caímos frente ao Águas Santas com grande dignidade e com um resultado final que não traduz o que se passou dentro de campo.
O público que se deslocou à Boa Hora não deu por perdido o tempo, porque assistiu a um bom jogo de andebol, em que não se notou a diferença entre uma equipa que ocupa o segundo lugar do campeonato maior do andebol português e que treina todos os dias e a outra que ocupa o segundo lugar da zona Sul do campeonato da terceira divisão, cujos jogadores treinam em média duas vezes por semana.
O Boa Hora/ROFF entrou bem no jogo, forçando o adversário a cometer erros, pelo que não se estranhava que aos sete minutos de jogo o resultado se encontrasse igualado a dois tentos.
Um período de menor rigor tático do Boa Hora foi aproveitado pelo Águas Santas para fazer disparar o marcador para uma diferença de seis golos, o que obrigou a um pedido de desconto de tempo que teve o condão de estancar a descolagem e repor a nossa equipa no jogo, pelo que o intervalo chegou com o resultado em 14-18 favorável à equipa da Maia.
Na segunda parte, o Boa Hora/ROFF conseguiu manter um bom nível na prestação defensiva, travando o contra-ataque do Águas Santas, enquanto que na frente Bruno Chantre ia causando estragos na defesa adversária, aproveitando bem o jogo interior evidente nos nove golos marcados e nos quatro livres de sete metros provocados.
Assim não espantou que a nossa equipa, muito apoiada pelo público presente, se fosse aproximando no marcador, o qual, à entrada dos cinco minutos finais acusava uma diferença de dois golos e não fosse a eficácia do guarda-redes maiato António Campos, poderia ter acontecido um resultado que seria histórico.
A diferença final de seis golos é enganadora quanto ao que se passou dentro das quatro linhas, resultando de um compreensível baixar de braços nos dois últimos minutos de jogo face ao maior poder físico do Águas Santas que teve de jogar nos limites para levar de vencida a nossa equipa.
Um jogo quase perfeito do Boa Hora/ROFF a levantar o moral da equipa face ao último resultado do campeonato, que embora não ponha em causa os objetivos da equipa, lhe retira qualquer margem de erro daqui para a frente, para não depender de terceiros. Face ao que foi hoje demonstrado em campo, mostrámos que temos uma equipa que sabe jogar andebol, pelo que não será este acidente de percurso que abalará a crença que temos no nosso valor e nos fará afastar do objetivo de subida de divisão traçado no início da época, embora tenhamos consciência que só o alcançaremos com muito trabalho e com um grande espírito coletivo.
E agora vamos preparar o próximo jogo, em Lagos, sábado dia 17, pelas 19,30 frente ao Costa Doiro.
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