Para concluir a fase de apuramento do Campeonato Nacional Andebol 3, o Boa Hora/ROFF deslocou-se ao Algarve numa posição confortável no que refere ao apuramento para a fase final, conseguido na jornada anterior frente ao Loures. Subsistia no entanto o aliciante de terminar a prova sem derrotas nos jogos fora de casa, facto que ainda não ocorreu na presente época nos onze jogos já disputados, dez para o Campeonato Nacional e um para a Taça de Portugal.
Foi com esse objetivo que a equipa entrou em campo e com a preocupação de não sofrer sanções disciplinares nem lesões que viessem a afetar a fase que se inicia a 31 de março, sabendo de antemão as características do adversário que íamos defrontar no que respeita à dureza que emprega nos jogos em casa e à conflitualidade que cria.
Estes receios acabaram por afetar o rendimento dos minutos iniciais da partida em que se falharam muitos contra-ataques o que não impediu que a partir dos quinze minutos da primeira parte o resultado começasse a desnivelar, fruto também do acerto defensivo que apenas permitiu seis golos ao adversário na primeira metade da partida.
O resultado ao intervalo de 6-15 a nosso favor espelhava a diferença entre as duas equipas e pecava por escasso face às situações de 1x0 criadas e não concretizadas pelo receio do contacto físico.
A segunda parte foi de maior equilíbrio em que a rotação de jogadores acabou por retirar alguma consistência ao jogo, mas permitiu trabalhar soluções alternativas em termos de tática coletiva, pelo que não foi de estranhar a manutenção da diferença de golos e também o endurecimento das ações defensivas do adversário que causaram alguma mossa, especialmente nos nossos dois jogadores júniores Ruben Costa e João Correia que tiveram mais tempo de jogo que o habitual, com o resultado final a fixar-se em 20-29 favorável ao Boa Hora/ROFF.
Em jeito de balanço a esta fase do Campeonato Nacional Andebol 3 podemos afirmar que correspondeu às expectativas iniciais de que seria disputada até ao final face ao nível muito igual das três equipas envolvidas na discussão do apuramento, Boa Hora/ROFF, Zona Azul e Torrense, tendo a nossa equipa beneficiado do facto de ter vencido no confronto directo com essas duas outras equipas e o Zona Azul não ter escorregado com as equipas que não entravam nas contas do apuramento (caso do Lagoa que nos derrotou em casa e do Almada que venceu o Torrense).
O Boa Hora/ROFF terminou esta fase com uma média de 28,5 golos marcados e de 21,5 golos sofridos, o que corresponde à segunda melhor defesa das seis equipas apuradas (Módicus tem 21,3 golos sofridos em média) e ao segundo melhor ataque (o Zona Azul tem uma média de 30,15 golos marcados).
Na próxima terça-feira realizar-se á o sorteio da fase final em que, para além do Boa Hora/ROFF estarão presentes o Módicus (Porto), Ilhavo e Monte (Aveiro) Samora Correia (Santarém) e Zona Azul (Beja).
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