Neste sábado e depois da obtenção do título a duas jornadas
do fim, a nossa equipa deslocou-se ao Pavilhão de Sandim para defrontar o
Módicus, segundo classificado da prova e viu interrompida a série de dezassete
jogos oficias consecutivos sem perder, facto que tinha acontecido pela última
vez em 8 de dezembro do ano passado.
Num jogo em que o objetivo era concluir a época sem derrotas
fora de casa, o Boa Hora/ROFF entrou mal no jogo, permitindo ao adversário
ganhar uma vantagem de quatro golos (6-2) que manteve até ao final da primeira
parte.
As falhas técnicas cometidas no ataque a par de uma eficácia
baixa no capítulo do remate, contribuíram de forma decisiva para o
desequilíbrio do marcador na primeira metade do jogo, ressentindo-se a equipa das ausências de Jorge Menezes, de
Filipe Silva e de João Alcobia e das limitações físicas de Pedro Costa, Pedro
Palhares e de Alexandre Toureiro, com o primeiro a ver agravada a sua lesão ao
fim de cinco minutos de ser solicitado para entrar no jogo, o segundo a tentar
ser insensível à dor durante o largo período em que foi utilizado e o terceiro a nem sequer poder ser
utilizado.
Se a tudo isto juntarmos a falta de rotina de jogo de João
Silva que esteve parado por lesão desde Janeiro, encontramos um conjunto de coincidências
que justificam o jogo menos conseguido na primeira parte, mas que a equipa, no
decurso da segunda metade conseguiu ultrapassar de uma forma inteligente,
jogando com as armas que tinha, explorando as dificuldades do adversário no
jogo 1x1 e reequilibrando a partida. Com efeito, uma maior eficácia defensiva,
a saída em contra-ataque e o aclaramento
de zonas de ataque permitiram no início da segunda parte passar da diferença
quatro golos ao intervalo (15-11), para uma diferença de dois golos, o que fez endurecer
a defensiva adversária, que perante a complacência disciplinar da dupla de
arbitragem, massacrava de forma implacável os nossos jogadores, atuando à
margem das regras. Inevitavelmente a dupla de arbitragem teve de atuar, embora
tardiamente, mas a partir do momento em que sancionou com cartão vermelho
direto um dos adversários por agressão a Marcelo Semedo, desnorteou-se por completo
e sempre que o Boa Hora/ROFF se aproximava no marcador, havia sempre algo
estranho que era sancionado, ao ponto de, estando a nossa equipa a perder e em
superioridade numérica, ser sancionada por jogo passivo por reposição tardia da
bola em jogo.
A partir desse momento a nossa maior preocupação foi evitar
danos disciplinares na equipa resultante do insurgimento face às decisões que
iam sendo tomadas pelos árbitros, que tiveram uma tarde muito má.
Nos restantes jogos, o Samora Correia ao vencer o Zona Azul
por 26-20 já subiu à segunda divisão, faltando apurar a quarta equipa, perfilando-se o Ílhavo para alcançar esse
objetivo depois da preciosa vitória que obteve no Monte por 23-25. Esta equipa que se desloca ao nosso pavilhão
no jogo da consagração do feriado da próxima quinta-feira, pelas 17 horas,
juntamente com o Zona Azul, que recebe em casa o Módicus, são as que, ocupando
os dois últimos lugares da tabela atualmente, irão ter maiores dificuldades no
apuramento.
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